
Curso de Português Online | Brasil |
Qualquer ideia que te agrade,
Por isso mesmo é tua.
O autor nada mais fez que vestir a verdade
Que dentro de ti se achava inteiramente nua...
"Mário Quintana"
MODULO I
ESTRUTURA DA PALAVRA
fonema - letra - alfabeto - classes gramaticais
análise morfológica
Fonema
Toda palavra traz letra (o símbolo gráfico, aquilo que a gente vê) e fonema ( o som, aquilo que a gente ouve).
Quando escrevemos casa, vemos quatro letras: c (cê) + a + s + s (esse + a; quando pronunciamos casa, ouvimos quatro sons distintos, a cada um dos quais se dá o nome de fonema: kê + a + zê + a.
Note que na palavra casa o c representa o fonema Kê, e o s representa o fonema zê.
Dizemos kê, zê, etc., porque todo fonema consoante é lido com um ê. Agora, leia estes fonemas (cuidado para não dizer as letras): m, n, x, t, v, nh, lh, f.
Se você disse mê, nê, xê, tê, vê, nhê, lhê, fê, errou.
Agora, diga as letras: m, n, x, t, v, f.
Você disse com certeza: eme, ene, xis, tê, vê, efe. Esses são os nomes das letras, e o nome das letras, todo mundo sabe. Poucos conhecem, no entanto, o nome dos fonemas.
Nós seres humanos, temos corpo e alma; o corpo, todo mundo vê; alma, porém, ninguém vê, ela convive com o corpo vivo, assim também as palavras: as letras, todo o mundo vê; os fonemas nós não vemos, apenas sentimos auditivamente.
Dígrafo
Às vezes, precisamos unir duas letras para representar um único fonema. Temos, então, o chamado dígrafo. Ex.: chá ( unimos o c e o h
para representar o fonema xê) unha ( unimos o n e o h para formar o fonema nhê); alho (unimos o l e o h para formar o fonema lhê), etc.
Os principais dígrafos são estes: ch, nh, lh, rr (carro), ss (essa), sc (crescer), xc (excelente), sç (cresça), gu (guia), qu (quilo).
Tipos de Fonema
O fonemas podem ser vogais, consoantes e semivogais.
Os fonemas vogais são a e i o u, com sua variações, que não cabe estudarmos por enquanto.
Os fonemas consoantes são b c d f g j l m n p q r s t u v x z .
Os fonemas semivogais são dois: i (representado principalmente pela letra e ou pela letra i) e u (representado principalmente pela letra o
ou pela letra u). Ex.:
mãe (a letra e representa o fonema i, já que pronunciamos mãi;
pai (a letra i representa o fonema i);
pão(a letra o representa o fonema u, já que pronunciamos pãu);
pau(a letra u representa o fonema u ).
PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE ESSE ASSUNTO
Se dígrafo são duas letras e um só fonema, então na primeira sílaba de hálito e de hotel também existem dígrafo?
Não, vamos devagar! O dígrafo é um recurso da Língua para suprir uma de suas falhas. O h inicial das palavras tem apenas a finalidade de mostrar a sua história; assim, hálito se escreve com h por que ela nos vem do latim halitu, que já tinha o h inicial; hotel se escreve com h, porque ela nos vem do francês hôtel, que também traz o h inicial. E assim por diante.
É por isso que muitos dizem que a letra h é etimológica, ou seja. histórica, tradicional.
Se duas letras podem representar um só fonema, pode acontecer o inverso, ou seja, existe letra que represente dois fonemas?
Existe. A letra x pode representar dois fonemas ao mesmo tempo. Repare que na palavra fixo ouvimos fiksu, ou seja, ouvimos o fonema duplo ks. Outros exemplos: táxi, tórax, tóxico, látex.
Se os fonemas consoantes devem ser lidos com um ê posposto, como devemos ler os fonemas vogais?
Os fonemas consoantes devem ser lidos conforme são lidos nas palavras em que se encontram. Assim, dizemos que na palavra pena existem os fonemas ê e a, respectivamente; na palavra pele, contudo, há os fonemas vogais é e i (pronunciamos péli); na palavra fumo temos os fonemas vogais u e u (pronunciamos fúmu).
QUER DIZER QUE, QUANDO SE TRATA DE FONEMA DEVO OBSERVAR APENAS O SOM E NÃO O QUE ESTÁ ESCRITO?
Exatamente. Fonema é o que nós ouvimos; letra é o que nós vemos. Note: escrevemos pele, mas pronunciamos péli; escrevemos fumo, mas pronunciamos fumu. Eis mais exemplos:
fama (letras f a m a; porém, fonemas fê ã mê a),
logo (letras l o g o; porém, fonemas lê ó guê u),
rede (letras r e d e; porém, fonemas rê ê dê i).
As letras e e o devem ser sempre lidas com som aberto: é, ó?
Exatamente. As vogais e e o, quando citadas isoladamente, sempre têm som aberto. Vamos exercitar:
a letra e de mãe representa o fonema i,
a letra o de pão representa o fonema u,
a letra e de dedo representa o fonema ê,
a letra e de mel representa o fonema é,
a letra e de dedo representa o fonema u,
a letra e de boba representa o fonema ó.
Note, entretanto, que estamos falando em letra, e não em classes de palavras. A conjunção e será lida ê ou (até melhor) i, porque se trata de uma palavra, e não de uma simples letra; ela tem sua classe ( é uma conjunção ). O artigo o se lê ô (ou até melhor) u, pelo mesmo motivo (é um artigo, classe de palavras). Ex.:
O menino e o amigo comeram o pão e o bolo. (você leu: U, pelo menínu i u amígu cumêrãu u pãu i u bôlu.)
Por que a conjunção e e o artigo o devem ser lidos (até melhor) i e u respectivamente?
Porque são palavras átonas, ou seja, desprovidas de tonicidade. Repare como pronunciamos tais palavras, ao lermos normalmente uma frase:
O carro e a moto disputaram uma corrida; os dois acharam que tinham vencido. ( Você leu assim: U cárru i a moto disputárãu uma corrida; us dois achárãu qui tinhãu vencidu.)
Foi ou não foi?
É, foi. E se eu quiser pronunciar ê e ô mesmo, não posso?
Não é aconselhável, pois você não será natural, espontâneo. Só em certas regiões brasileiras as pessoas pronunciam as palavras rigorosamente como elas estão escritas. Os gaúchos, por exemplo, dizem, dizem: mEnínO, lêitE kêntE faz maL para Os dêntEs. Nas demais regiões brasileiras se costuma dizer: minínu, lêiti Kênti faz mau para us dêntis. Ou seja: o e e o o átonos soam i e u, respectivamente. Esse fato se dá obrigatoriamente quando tais letras estão isoladas e quando figuram no final das palavras.
EXERCÍCIOS
1) Algumas informações que seguem são falsas. Transcreva-as todas, transformando as falsas em verdadeiras:
a) Toda palavra traz fonemas, que são símbolos gráficos.
b) Quando a gente escreve , usa letras; quando a gente fala, usa fonemas.
c) Em nossa língua existem mais letras que fonemas.
d) Em nossa língua não existe nenhuma letra que represente fonemas distintos.
e) Duas letras que representam um só fonema recebem o nome de dígrafo.
f) Na palavra cachaça existem os fonemas consoantes sê e kê.
g) Na palavra bochecha existem oito fonemas e dez letras.
h) Na palavra cachorro existe só um dígrafo e em guelra existem dois.
i) As vogais e as consoantes são fonemas, mas as semivogais não.
j) Na palavra são existe a semivogal u.
2) Conte as letras e os fonemas destas palavras: cacique, costela, ritmo, preguiça, quadrado, pneu, excesso, misto, guitarra.
3) A seguir existem só três palavras em que a letra e representa o fonema i e só três em que a letra o representa o fonema u encontre-as: abóbada, chuchu, canjica, quibe, xícara, pajé, misto, jabuticaba, lampião, piche, pichar, pães, touca, chão.
4) Dê três exemplos de palavras que tenham a letra e representando o fonema i.
5) Dê três exemplos de palavras que tenham a letra o representando o fonema u.
Sílaba
Palavras oxítonas, oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
Principais dúvidas / Exercícios.
Sílaba:
a) ou um grupo de fonemas ( pro, xi, mar ) num só impulso respiratório, formamos uma sílaba. Note cada uma das sílabas da palavra aproximar: a-pro-xi-mar. Veja que não é possível pronunciarmos num só impulso o a e o pro. Ao emitirmos um fonema (
Palavras de uma só sílaba (bar) são monossílabas; palavras de duas sílabas (bazar) são dissílabas; palavras que têm três sílabas (escola) são chamadas trissílabas; palavras de mais de três sílabas são polissílabas.
Onde há uma vogal há uma sílaba. Repare nos exemplos vistos.
As monossílabas podem ser fortes (dó, más, dê, sê) ou fracas (do, mas, de, se).As fortes se dizem tônicas; as fracas se chamam átonas.
Na divisão silábica, estes dígrafos deixam uma letra em cada sílaba:
massa = mas-sa, nascer = nas-çer,
carro = car-ro floresça = flores-ça
exceto = ex-ceto exsudato = ex-sudato
Quase todas as palavras trazem uma sílaba forte, a chamada tônica, e uma ou mais sílabas fracas, as chamadas átonas. Veja:
VIda esCOla ÁRvore poMAR
Palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas
Toda palavra cuja tonicidade está na última sílaba é oxítona: pomar, estudar, infantil, Samuel.
Toda palavra cuja tonicidade está na penúltima sílaba é paroxítona: vida, escola, inimigo, jabuticaba.
Toda palavra cuja tonicidade está na antepenúltima sílaba é proparoxítona: árvore, lâmpada, cédula, paralelepípedo.
PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE ESSE ASSUNTO
Posso chamar a palavra monossílaba de oxítona?
Nunca! Uma palavra, para ser oxítona, tem de possuir duas ou mais sílabas
Existe alguma palavra dissílaba átona em nossa língua?
Existem várias: uma, umas(artigos); como, porque (conjunções); para (preposição), que muito se vê reduzida a monossílaba átona (pra); pelo, pela, pelos, pelas (contrações).
Não existe um modo prático para distinguir uma monossílaba tônica de uma átona?
Existe. A átona sempre tem o e e o o pronunciados, respectivamente, i e u; a tônica não admite essa alteração. Veja:
O caso do seu amigo é grave. (Átonas: o, do; tônicas: seu, é.)
As monossílabas com a vogal a serão átonas se houver uma tônica correspondente. Ex.:
mas (átona, porque existe a tônica más, plural de má),
da (átona, porque existe a tônica dá, forma verbal).
Para verificar se uma palavra é oxítona, paroxítona ou proparoxítona, tenho sempre de começar a contar as sílabas do fim para o começo da palavra? É assim mesmo?
É assim mesmo. Comece a contagem de sílabas sempre da última até a antepenúltima. Uma palavra pode ter vinte sílabas, mas a tônica só pode ser a última, a penúltima ou a antepenúltima. Fora daí, nada!
E A PALAVRA DÉFICITE?
A palavra portuguesa não é déficite, mas défice. O que muitos usam, no entanto, é ainda deficit, que não é português. Escreva sempre défice e superávite.
EXERCÍCIOS
1) Forme palavras usando a sílaba tônica que falta:
cache ?, an?nho?, alca?fra, pinta?go, len?, ca?ba, ?cara, en?me, e?me, men?go, tal?, atra?do, cafa?te
berin?la, ga?gem, ma?, gui?, acorde?, Itapu?, roli?, Tar?, Tere?nha, exce?, inten?, preten?, reten?.
2) Forme palavras usando, agora, a sílaba átona que falta:
mar?neiro, ele?cista, mi?ógrafo, ca?dongo, oran?tango, ?grama, ?blema, mor?dela, ?buia, me?rica, ?leiro
?dículo, pre?nido, ?vilégio, u?decer, ja?ticaba, su?tição, rodi?, ?cissa, chine?, ?tume, ?figênia, clari?, ?ni, I?bel,
Eli?bete, ?lipe, ?gílio, Zulei?, Zó?mo
3) Divida as palavras em sílabas,classificando-as em dissílabas, trissílabas e polissílabas e, ao mesmo tempo, em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas: rótulo, menor, menos, mortadela, televisor, televisão, ácido, acidez, fedor, fedentina, relé, reles, marrom, batom, horta, hortaliça, tímido, timidez, caráter, caracteres, úmido, umidade, Eurídice, Aracaju, sorvete, contabilidade, contábil, contador, pólipo.
4) Reconheça as monossílabas tônicas: mar, cor, dor, fiz, pôs, me, que, te, si, ti, se, flor, sal, má, da, dá, cá, nos, nós, noz, tez, vê, vez, vês, ré, rês, rés, dê, de, dó, do, , cós, com, pôr, sol, Deus, mês, leis, dois, dói, rol, pra, pro, tom, som.
Encontros vocálicos
Ditongos e tritongos
Hiato.
Encontros consonantais.
Principais dúvidas.
Exercícios.
Encontros vocálicos
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Ditongos e tritongos
Temos apenas três encontros vocálicos: o ditongo, o tritongo e o hiato.
Numa sílaba - como já afirmamos - encontramos uma só vogal (es-co-la, pa-ra-le-le-pí-pe-do) . Muitas vezes,
todavia, numa sílaba podem existir dois ou três sons vocálicos juntos (pai-xão, água, Pa-ra-guai, quão).
Dois sons vocálicos juntos numa sílaba formam um ditongo; três sons vocálicos juntos numa sílaba formam um tri tongo.
Como numa sílaba só pode haver uma vogal, a que soar mais forte recebe o nome de vogal, a outra ou as outras recebem cada uma o nome de semi vogal. Portanto, em água, o a (que soa mais forte) é a vogal; o u é a semivogal. Em série, o e (que soa mais forte) é a vogal; o i é a semivogal.
A sequência semi+vogal forma um ditongo crescente (a boca fica aberta quando acabamos de pronunciá-la); a sequência vogal + semivogal forma um ditongo decrescente (a boca fica fechada quando acabamos de pronunciá-la);
Como você pôde perceber, tanto o ditongo quanto o tritongo podem ser orais ( saem sem a interferência das fossas nasais) e nasais (saem com a interferência das fossas nasais).
Os ditongos decrescentes nunca podem ser separados. Veja:
cai-xa; jamais assim: ca-i-xa
feixe (divida sempre assim: fei-xe).
Quanto aos ditongos crescentes, convém, da mesma forma, separá-los, embora não haja erro na sua separação. Ex.:
pátria (prefira a divisão pá-tria à divisão pá-tri-a);
série (prefira a divisão sé-rie à divisão sé-ri-e
Os ditongos crescentes com g ou q antepostos não se separam em hipótese nenhuma:
água ( separe sempre assim: á-gua; jamais assim: a-gu-a );
aquarela (separe sempre assim: a- qua-re-la; jamais assim: a-qu-a-re-la).
Hiato:
Na divisão de sílabas,vogais que se separam entre si formam um hiato. Ex.: (pi-a, lu-a, sa-ú-de, bo-a).
No hiato, cada vogal tem tonicidade, força; não há, como no caso dos ditongos, uma com tonicidade superior à outra. Daí por que não devemos confundir hiato com ditongo, onde apenas um elemento é forte(s vogal); o outro é fraco (a semivogal). Qualquer tentativa de transformar uma das vogais de um hiato numa semivogal tornará forçada e artificial a pronúncia da palavra.
Encontros consonantais:
Numa palavra podem vir muitas vezes consoantes juntas (tra-ve, es-co-la): são os encontros consonantais.
Consoantes que vêm juntas numa sílaba formam o encontro consonantal próprio ou perfeito; consoantes que vêm juntas numa sílaba formam o encontro consonantal próprio ou perfeito; consoantes que vêm em sílabas diferentes formam o encontro consonantal impróprio ou imperfeito.
PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE O ASSUNTO
Se, numa sílaba, só pode haver uma vogal, quer dizer que não posso nunca afirmar que que ditongo é o encontro de duas vogais numa sílaba?
Jamais afirme que ditongo é o encontro de duas vogais numa sílaba, que isso é uma asneira grossa! Numa sílaba nunca poderá haver duas vogais, porque cada vogal forma uma sílaba.
Por que os ditongos decrescentes nunca podem ser separados?
Porque a sua separação desfigura inteiramente a pronúncia normal da palavra. Ninguém diz ca-i-xa, mas cai-xa.
E os ditongos crescentes? Por que esses podem ser separados?
Porque a pronúncia desse encontro como ditongo ou como hiato não desfigura a pronúncia. Note que não há muita diferença entre as pronúncias pá-tria e pá-tri-a
Alguns preferem separar os ditongos crescentes, justamente para evitar que palavras como Júlio e julho tenham a mesma pronúncia. De fato se no nome próprio usarmos a separação silábica Jú-lio e não Jú-li-o, haverá confusão com julho. o mesmo se dá com Atílio e atilho.
Na fala, contudo, soam rigorosamente da mesma forma, no português contemporâneo: Júlio/julho, Atílio/atilho. Quem é que hoje pronuncia Atílio. Júlhi-o?
Afinal, pátria e Júlio são palavras paroxítonas ou proparoxítonas?
No português contemporâneo, as duas são paroxítonas, embora possam ser consideradas, ainda, como proparoxítonas, porque antigamente se costumava separar todo ditongo crescente.
Por que o tritongo é inseparável?
Porque a sua separação provoca aberrações de pronúncia. Quem é que diz U-rugu-ai? Não há nenhuma necessidade de separar o que naturalmente pode vir junto.
É VERDADE QUE EM HIATO HÁ UM HIATO?
É verdade. Basta separarmos a palavra hi-a-to. Eis aí duas vogais com a mesma força de pronúncia; não há uma mais forte que a outra; por isso, as duas são vogais; não pode haver vogal e semivogal nesse caso.
Também hiato existe em diabo (di-abo), quiabo (qui-abo) e riacho (ri-a-cho), em que não há predominância tônica de um som vocálico sobre o outro; ambos possuem a mesma tonicidade, a mesma força; sendo assim, não há como encontrarmos uma semivogal nessas palavras, a menos que forcemos a pronúncia; dia-bo, quia-bo, ria-cho. Mas que diabo de pronúncia é essa?...
Em Bauru existe, em verdade,hiato?
Há sim, a pronúncia rigorosamente correta dessa palavra é Ba-u-ru, embora muitos a pronunciem Bau-ru,Transformando um hiato num ditongo.
Em saudar existe ditongo ou hiato?
Raciocinemos juntos: saudar se deriva de saúde, palavra que traz hiato. Se saúde traz hiato, uma sua derivada não pode trazer ditongo. Quem é que diz sau-de? Se ninguém diz sau-de, Como alguém poderá dizer sau-dar? Não há saúde que aguente!...
A pronúncia de saudar com ditongo, e não com hiato, deve-se à influência de saudade (sau-da-de), que nada tem a ver com saúde nem com saudar. Ou você acha que quanto mais saudade se tem, mais saúde se ganha?
Em tuiuiú que encontros existem?
Em tuiuiú temos essa divisão: tui-ui-ú, ou seja, ditongo, hiato, ditongo e hiato.
Como se separam em sílabas as palavras coelho, poeta, canavial e baía?
Sempre. que tiver dúvida na divisão em sílabas de qualquer palavra, procure pronunciá-la devagar, uma, duas, três vezes, sem forçar a inclusão numa sílaba de algum elemento da sílaba anterior ou posterior. Veja como pronunciamos normalmente:
coelho
poeta
canavial
baí-a
ESTRUTURA DA PALAVRA:
FONEMA – LETRA – ALFABETO
Qual a diferença entre fonema – letra – alfabeto?
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FONEMA é um som; unidade mínima distintiva no sistema sonoro de uma língua
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
VOGAIS – A E I O U
SEMIVOGAIS – São os fonemas vocálicos que só aparecem apoiados em uma vogal:
Podem ser representados pelas letras i – e, como em pai, mãe, quatro.
(A base de toda sílaba é sempre a vogal. Nunca pode faltar vogal em uma sílaba.
Nunca há mais de uma vogal em uma sílaba)
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CONSOANTES – São todas as letras do alfabeto exceto as vogais.
B C D F G H J K L M N P Q R S T W V X Y Z
LETRA é uma representação gráfica desse som. E o ALFABETO?
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V X Y Z
Se você escrever cada um desses sons, então, sim; surgem as letras do alfabeto
O que é um DÍGRAFO?
Acontece quando duas letras se combinam e representam um único som (=fonema):
-CH - chuchu - chave -NH - lenha - vinho -LH - filho - palhaço -SS - pássaro - massa
-RR - carro - arrastar -SC - nascer - crescer -XC - exceção - exceto -SÇ - desço - nasça
-GU - guerra - preguiça -QU - quilo – quero
Interessante, não é? Repare que as letras são sinais que os homens usam para representar seus sons. Primeiro há os sons, depois é que aparecem as letras, para marcar esses sons. Não é fantástico? Esse conjunto de 26 letras usadas na grafia do nosso ALFABETO. São responsáveis por todas as informações que existem nos livros, revistas, jornais e meios eletrônicos. Com apenas 03 letras desenhamos numa folha em branco de papel a palavra mão. Mãos que apontarão o horizonte, indicando que a vida segue sempre em frente e que só nos resta escrever o futuro. Acordando palavras a muito esquecidas: Paz, esperança, respeito, humildade, educação, família e fazendo dormir outras como: violência, opressão, miséria e analfabetismo.
Prof. Dalton Marçal da Cruz
Você sabia que na língua portuguesa existem, atualmente, em torno de 435.000 palavras e que nós só usamos em torno de 50.000?
A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma + logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.
Ao selecionar palavras, nós as escolhemos entre os grandes grupos de palavras existentes na língua, como o dos substantivos, o dos adjetivos, o dos verbos, e o dos advérbios, esses grupos são morfológicos. São 10 as classes gramaticais:
1- SUBSTANTIVO – é a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.
2- ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os. Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
3- ADJETIVO – classe das características, qualidades. Servem para dar características aos substantivos. Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.
4- PRONOME – palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso. Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.
5- VERBO – palavras que expressam ações ou estados do sujeito. Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.
6- ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os. Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.
7- NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem. Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo. etc.
8- PREPOSIÇÂO – servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas. Exemplo: em, de, para, por, etc.
9- CONJUNÇÂO – são palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação. Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
10- INTERJEIÇÃO – palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito. Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!
POEMA DOS SUBSTANTIVOS
Todos os seres do mundo, têm um nome,
Têm um nome ... Ah! Têm sim!
Sejam grandes ou pequenos,
Sejam inertes ou vivos,
Na Gramática são chamados:
Classes dos: ”Substantivos”
Podem ser próprios... assim:
Pedro, Belém e Pará!
Também comuns podem ser:
Homem, mulher, vatapá!
Simples...quando tem um só (vocábulo)
Como os que foram citados
Mas, se tiverem mais de um, (vocábulo)
Compostos, são assim chamados!
(Couve-flor, girassol...)
Denominados “Concretos”
Se existirem sozinhos!
Como os que citei acima.
Mas podem ser “abstratos”
Se para eles existirem...
Dependerem do concreto!
São ações, são sentimentos ...
Como: amor...bondade...afeto! ...
Existem os “Primitivos”
Como: pedra, ferro e terra...
Já...pedreira, ferreiro e terraço ...
Derivados eles são!
Ainda temos um grupo
Chamados de “coletivos”
Pois... indicam coleção
Como banda, classe, esquadrilha ...
Enxame... constelação!
A classe dos substantivos,
Têm muitas variações!
Em gênero, número e grau!
Por isso, para aprender
Precisamos estudar muito!
Com atenção e vontade ...
Para melhor, entender!
Autor: Não sei! Vou procurar saber
E quando assim o souber. Juro! Conto para vocês.