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Análise Sintática e Morfológica

Todos nós já estudamos a gramática da língua portuguesa nas escolas, logo sabemos que uma gramática é dividida em várias partes: fonéticamorfologia, sintaxe, etc. A divisão foi feita para nos ajudar a compreender como funcionam as palavras na oração: sozinhas ou em relação às outras. Porém tal divisão, às vezes, confunde os alunos, principalmente quando o assunto é morfologia e sintaxe. Muitos confundem as duas partes e acabam por misturá-las em uma análise.

A morfologia é a parte da gramática que considera a palavra em si (sozinha), já a sintaxe estuda a palavra em relação às outras que se acham na mesma oração. Em resumo, uma palavra exerce na oração duas funções: a morfológica que é a que a palavra exerce quanto à classe a que pertence (substantivo, adjetivo, pronome, etc) e a sintática, que vem a ser a que a palavra exerce em relação a outros termos da oração. Nesse caso, a palavra poderá desempenhar vários papéis (sujeito, objeto, etc).

EXEMPLO:

"Maria comprou um carro".

Se analisarmos a palavra "Maria" no sentido morfológico, temos um substantivo próprio, já na sintaxe "Maria" é sujeito simples da oração.

ANÁLISE MORFOLÓGICA

Maria: substantivo próprio
comprou: verbo
um: artigo

carro: substantivo comum

ANÁLISE SINTÁTICA

Maria: sujeito
comprou: núcleo do predicado verbal (comprou um carro)
um: adjunto adnominal
carro: núcleo do objeto direto (um carro)

Não é difícil, basta o aluno prestar atenção e saber qual tipo de análise o professor está pedindo (a morfológica ou a sintática). Porém, às vezes, as duas são pedidas na chamada análise morfo-sintática.

Classificação das conjunções

 

Coordenativas – ligam duas orações independentes. Estão divididas em cinco tipos:

  • Aditivas – exprimem soma: e, nem, bem com, não só... como também, não só... mas também.

     Ex.: Ele não só é o autor do livro como também o editor.

  • Adversativas – exprime oposição: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante.

     Ex.: Não foram campeões, todavia exibiram o melhor futebol.

  • Alternativas – exprimem escolha de pensamentos: ou, ou... ou, ora... ora, já... já,  quer... quer, seja... seja , talvez... talvez .

     Ex.: Ou você compra ou você aluga.

  • Conclusivas – exprimem conclusão de pensamento: logo, portanto, por isso, pois, por conseguinte, assim.

     Ex.: Choveu bastante, portanto a colheita está garantida.

     Explicativas – exprimem razão e motivo: que, porque, pois, porquanto, por conseguinte, assim.

     Ex.: Estude, porque é importante!

 

Subordinativas – ligam duas orações dependentes. Estão divididas em dez tipos:

 

  • Integrantes: introduzem uma oração que vai completar o sentido da outra: que, se.

     Ex.: Quero que você volte já.

  • Causais: introduzem orações que dão ideia de causa: que, porque, como, pois  que,visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que.

      Ex.: Como fiquei doente, não pude ir à aula.

  • Comparativas – introduzem orações que dão ideia de comparação: como, qual, que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor e pior).

     Ex.: Minha saúde sempre foi melhor que a sua.

  • Concessivas – iniciam orações que indicam contradição: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, por mais que, apesar de que.

     Ex.: Vou à praia, embora esteja chovendo.

  • Condicionais – iniciam orações que exprimem hipótese ou condição: se, caso, a menos que, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.

      Ex.: A menos que aconteça algum imprevisto, estarei lá amanhã.

  • Conformativas – iniciam orações que exprimem acordo: como, conforme, segundo, consoante.

  • Ex.: Cada um colhe conforme semeia

  • Consecutivas – iniciam orações que indicam consequência: que (precedido de tal, tanto, tão ou tamanho), de modo que, de forma que, de sorte que.

     Ex.: Ele gritou tanto, que ficou rouco.

  • Temporais – iniciam orações que dão ideia de tempo: quando, mal, assim que, logo que, antes que, depois que, sempre que, desde que.

      Ex.: Saímos assim que parou de chover.

  • Finais – iniciam orações que exprimem finalidade: porque, a fim de que, para que.

      Ex.: Sentem logo para que todos possam ver.

  • Proporcionais – iniciam orações que exprimem concomitância: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto menos, quanto menor, quanto maior, quanto melhor. Ex.: À medida que passa o efeito do analgésico, a dor volta.

Estudo dos Pronomes

Ao estudar gramática, percebemos que existem várias classes gramaticais e cada palavra possui uma classificação. Entre essas classes temos os pronomes, que são aquelas palavras que acompanham ou substituem um nome. Veja agora um pouco mais sobre eles.

   

                 

                      TU         S U A               

  EU         ELE

           SEU              

                                                           nosso

 

As funções do pronome:

Os pronomes podem possuir duas funções diferentes, isso depende do contexto e de como é empregado nas frases. Veja agora essas funções.

  • Substituir o nome – quando isso corre chamamos o pronome de pronome substantivo e compõe o núcleo de um grupo nominal. Exemplo: Quando fui embora ele passou a tarde reclamando. (ele é o núcleo da segunda oração e classifica-se como um pronome substantivo, pois está substituindo um nome).

  • Referir-se ao nome – quando isso ocorre chamamos o pronome de pronome adjetivo, este, forma uma palavra dependente do grupo nominal. Exemplo: Essa moça estava muito triste e parecia muito cansada. (o sujeito essa moça tem como núcleo o substantivo moça e como palavra dependente dele o pronome adjetivo essa).

As flexões do pronome:

Quando falamos da forma, o pronome pode variar em gênero, número e pessoa. Veja essas flexões:

  • Quanto ao gênero – o pronome pode ser do gênero masculino ou feminino. Exemplos: Ele foi ao cinema. Ela foi ao cinema. Meu apartamento precisa ser reformado. Minha geladeira está muito conservada.

  • Quanto ao número – o pronome pode ser singular ou plural. Exemplos: Ela foi embora de casa logo cedo. Elas foram embora de casa logo cedo. Meu esmalte está dentro da maleta. Meus esmaltes estão dentro da maleta.

  • Quanto a pessoa – o pronome pode ser da primeira, segunda ou terceira pessoa. Exemplos: Eu fui embora. Tu foste embora. Ele foi embora. Meu apartamento. Teu apartamento. Seu apartamento.

Os tipos de pronome:

Os pronomes podem ainda ser classificados em seis tipos diferentes, são eles: os pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. Veja a seguir cada um desses pronomes:

Pronomes pessoais – estes substituem os nomes e representam as pessoas do discurso.

  • 1ª pessoa: é a pessoa que falaEu/Nós

  • 2ª pessoa: é a pessoa com quem se falaTu/Vós

  • 3ª pessoa: é a pessoa de quem se falaEle/Ela/Eles/Elas

Os pronomes pessoais podem ainda ser classificados como pessoais, retos e oblíquos. Os pronomes pessoais retos são aqueles que têm como função principal representar o sujeito ou predicativo. Já os pronomes pessoais oblíquos são aqueles que podem exercer função de complemento.

Pronomes possessivos:

Os pronomes possessivos são aqueles que dão a ideia de posse. Veja na tabela abaixo os principais pronomes possessivos:

 

          Masculino                                                  Feminino

Singular          Plural                            Singular                Plural                       

meu                meus                              minha                   minhas

teu                  teus                                 tua                        tuas

seu                 seus                                sua                       suas

nosso             nossos                           nossa                    nossas                    

vosso             vossos                            vossa                   vossas

seu                 seus                                sua                        suas

 

Pronomes demonstrativos

Os pronomes demonstrativos possibilitam localizar o substantivo em relação às pessoas, ao tempo e a sua posição no interior de um discurso. Entre os pronomes demonstrativos, os mais usados são: este, esta, isto, estes, estas, esse, essa, esses, essas, aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas.

Pronomes indefinidos

Os pronomes indefinidos acompanham o substantivo, porém eles não o determinam de forma precisa. Alguns dos pronomes indefinidos são: algum, cada, certo, diversos, nenhum, outro, qualquer, diferentes, qual, vários, todo, tudo, bastante e muitos outros.

Temos ainda algumas locuções pronominais indefinidas, como: cada qual, qualquer um, todo aquele, tal qual, seja qual for, uma ou outra

Pronomes relativos

Os pronomes relativos são aqueles que representam nomes que já foram citados anteriormente e com os quais estão relacionados. Veja alguns exemplos:

A casa onde moro é muito boa.

Onde: é o pronome relativo que representa a casa.

Alguns pronomes que são utilizados como pronomes relativos são: o qual, a qual, os quais, as quais, quanto, quanta, quantos, quantas, quem, que, onde, cujo, cuja, cujos, cujas

Pronomes interrogativos

Os pronomes interrogativos fazem com que o verbo fique na 3ª pessoa e são utilizados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Não existem pronomes que são exclusivamente interrogativos, mas pronomes que possuem a função de pronomes interrogativos, como: que, quantos, quem, qual, quais

Veja alguns exemplos:

Qual o nome daquela moça?

Ele perguntou qual o nome daquela moça.

Quantos anos você tem?

  • Siga o modelo:

  • classificando as orações abaixo: 

  • O pé de jambo e de jaca são árvores frutíferas. ....oração coordenada aditiva..............

  • O velho dono do bar resolveu tomar uma atitude. .........................................................................................................

  • Já atravessa as florestas, já chega aos campos do Ipu. ...............................................................................................

  • Serve aos opulentos com altivez, mas aos indigentes com carinho. ............................................................................

  • O médico não veio nem me telefonou. ....................................................................................................

  • Essa desculpa não serve, porque, afinal de contas, teus negócios vão bem

  •  

  • Pedro aprendeu as lições, portanto pode fazer os exames. ...........................................................................................

  • João foi à festa ontem, no entanto voltou cedo. ..............................................................................................................

  • Manoela precisa estudar bastante, ou não passará no vestibular. ................................................................................

  • As ruas estão molhadas, pois choveu muito ontem. ............................................................................................................

  • Manoela estudou bastante, portanto tem grandes chances de passar no vestibular. ................................................

  •  

 

Oração Coordenada Sindética Aditiva:

 

(  1 ) Adversativa  ( 2 ) Conclusiva(   2) Alternativa ( 3 ) Explicativa ( 4 ) Aditiva

 

Numere de acordo com a conjunção empregada nas lacunas:

a) Tudo para ele era vencer ................perder.

b) Enviou muitas mensagens,.................. não recebeu resposta.

c) Seus olhos estão vermelhos .......................... ela chorou.

d) Mário estudou muito ...................... foi aprovado.

e) O Marceneiro chegou ............... começou o serviço.

Análise Sintática

Por: Márcia Angélica

APRESENTAÇÃO

A palavra Análise tem sua origem no substantivo grego analysis e significa decompor um todo. Partindo dessa definição, a Análise Sintática tem sido caracterizada como a decomposição dos enunciados de uma língua, apontando cada um de seus membros.

Porque tem ocorrido ênfase no aspecto mecânico, o assunto vem sendo menosprezado e visto como um raciocínio inútil e complicado.

A análise Sintática é muito mais do que

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